domingo, 20 de março de 2011

Poema sobre o que ouvi...


 

Em nome do (meu) pai


Música é minha vida,
E não dependo dela pra viver,
Faço música por prazer,
Por amar cantar e escrever.

Escrevo faz tanto tempo...
Tanto quando canto para o vento,
Pois para abafar o pranto,
Tive que escolher um canto,
Que falasse de encanto,
De quem quer sobreviver.

Independente do dinheiro,
Porque a música não mantém minha prole,
Sou mesmo filho do samba,
Meu padrinho o pandeiro.

Tenho um sotaque de violeiro,
Um cavaco como troféu,
Meus grandes amigos Joel,
Que já foi meu parceiro,
E Tião Cellos, meu eterno irmão.
Sempre foram como meu violão,
Lado a lado seguimos,
E hoje, embora a distancia,
Estamos juntinhos,
Unidos de coração.

É para mim um prazer,
Saber que ainda tenho,
Inspiração para fazer,
Um samba de roda,
Uma marcha ritmada,
E um choro de bom humor.

Tocando música minha,
Ou mesmo alheia,
Minhas MÃOS têm eterna gratidão,
E não só pelo toque no violão.

Suas palmas tonteiam o pandeiro,
Seus dedos deslizam nas cordas
Do majestoso cavaquinho,
E nas teclas do piano vizinho.

E nas horas livres do tempo
O lápis seguro por elas
Correm papeis de várias espécies
Compondo letras e poemas.

Agradeço a DEUS por elas...

E eu pelo tempo,
Levado pelo vento,
Vou fazendo minhas músicas,
Espero que vocês gostem,
E cantem comigo agora,
Mesmo que ainda demore,
Cantem mesmo que chorem,
Porque não as deixarei de escrever.

Rosane Rezende Pereira
(Em nome de meu pai, escrevi na primeira pessoa)