Em nome do (meu) pai
Música
é minha vida,
E
não dependo dela pra viver,
Faço
música por prazer,
Por
amar cantar e escrever.
Escrevo
faz tanto tempo...
Tanto
quando canto para o vento,
Pois
para abafar o pranto,
Tive
que escolher um canto,
Que
falasse de encanto,
De
quem quer sobreviver.
Independente
do dinheiro,
Porque
a música não mantém minha prole,
Sou
mesmo filho do samba,
Meu
padrinho o pandeiro.
Tenho
um sotaque de violeiro,
Um
cavaco como troféu,
Meus
grandes amigos Joel,
Que
já foi meu parceiro,
E
Tião Cellos, meu eterno irmão.
Sempre
foram como meu violão,
Lado
a lado seguimos,
E
hoje, embora a distancia,
Estamos juntinhos,
Estamos juntinhos,
Unidos
de coração.
É
para mim um prazer,
Saber
que ainda tenho,
Inspiração
para fazer,
Um
samba de roda,
Uma
marcha ritmada,
E
um choro de bom humor.
Tocando
música minha,
Ou
mesmo alheia,
Minhas
MÃOS têm eterna gratidão,
E
não só pelo toque no violão.
Suas
palmas tonteiam o pandeiro,
Seus
dedos deslizam nas cordas
Do
majestoso cavaquinho,
E
nas teclas do piano vizinho.
E
nas horas livres do tempo
O
lápis seguro por elas
Correm
papeis de várias espécies
Compondo
letras e poemas.
Agradeço
a DEUS por elas...
E
eu pelo tempo,
Levado
pelo vento,
Vou
fazendo minhas músicas,
Espero
que vocês gostem,
E
cantem comigo agora,
Mesmo
que ainda demore,
Cantem
mesmo que chorem,
Porque
não as deixarei de escrever.
Rosane Rezende Pereira
(Em nome de meu pai,
escrevi na primeira pessoa)